O reconhecimento do serviço social como área de produção de conhecimentos resulta, como se sabe, do processo de maturação acadêmica da profissão, coroado com a consolidação dos programas de pós-graduação, instaurados na primeira metade dos anos de 1970. A chancela formal àquele reconhecimento, operada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 1987, ao dar início ao fomento à investigação realizada na nossa área, potenciou largamente a produtividade dos docentes e pesquisadores do serviço social. Quinze anos corridos desde que aquela agência oficial passou a apoiar a sua atividade de pesquisa, o serviço social brasileiro pôde apresentar-se como um beneficiário que cumpriu rigorosamente com o chamado dever de casa: o acervo de conhecimentos produzidos e socializados ampliou-se na escala desejada, a experiência coletiva e institucional da pesquisa é hoje um dado adquirido, a bibliografia técnica e profissional enriqueceu-se a ponto de se tornar referência em plano internacional, docentes e pesquisadores brasileiros da área são convocados para intervenções multidisciplinares no país e no exterior.