Neste livro, o autor trata de Brasília a partir de relatos de moradores da área tombada como patrimônio histórico e artístico nacional e inscrita na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. Se, por um lado, os moradores desconhecem as convenções jurídico-administrativas manejadas pela administração pública para a preservação do conjunto urbanístico do Plano Piloto, por outro, conhecem o objeto do tambamento de perto e de dentro, por meio de suas experiências e memórias forjadas no uso cotidiano do espaço. Assim, constroem um valor para a cidade, como patrimônio, pela apropriação que dela fazem nas múltiplas esferas de reprodução da vida em uma cidade e investem de significados o plano urbanístico criado por Lucio Costa. Para os moradores esta área é uma cidade na escala humana, nela é possível a tessitura de ralações tradicionais de vizinhança semelhantes àqueles encontradas nas cidades de onde vieram