Filho de militantes anarquistas, o cineasta francês Jean Vigo (1905 -1934) passou a infância entre comícios, assembleias e prisões do pai. Apesar da curta carreira, dirigiu filmes que marcaram o cinema francês e mundial. Sua obra é apontada pela temática social sob o signo do grotesco, do carnal e da morte, e transita entre a vanguarda francesa e o realismo poético, entre o cinema mudo e o sonoro. Publicado pela primeira vez em 1957 e traduzido para diversos países, o livro Jean Vigo marca a redescoberta da genialidade do cineasta e da estreita relação entre vida e obra marcadas pelo comprometimento social e pelo livre espírito criador.