Esse estudo consiste na busca de compreensão do quotidiano de profissionais de saúde quando ficam frente uns aos outros e ao paciente, durante o primeiro atendimento em uma sala de emergência de um pronto-socorro bem como a compreensão do sentido atribuído por eles à humanização da assistência. A trajetória rumo à proposta, levou a uma interação da autora com cinco profissionais de saúde que atuam quotidianamente na sala de emergência de um pronto-socorro. Nesse percurso, foi utilizada a sociologia compreensiva, tendo como referenciais Alfred Schütz, Michel Maffesoli e algumas ideias de Erving Goffman e de Marcel Mauss. A busca para a compreensão da humanização na sala de emergência foi estruturada em seis capítulos: o primeiro relata as inquietações da autora rumo à proposta; o segundo descreve a orientação teórica utilizada e a articula com o método usado na investigação; o terceiro, a metodologia usada no estudo; o quarto descreve os conceitos teóricos de humanismo, humanização e desumanização; o quinto subdivide-se em seis partes: a relação "face a face" no espaço-tempo da sala de emergência: dádiva/dom e o bem e o mal; técnica corporal fator humanizador na sala de emergência; ser comunidade na sala de emergência; a tribo na sala de emergência; instituição hospitalar: contribuições para o humano e não humano; espiritualidade e sofrimento na sala de emergência. Em cada parte, procurou-se compreender e interpretar o fenômeno. O sexto capítulo é um convite a recomeçar a compreensão.