John Donne é reconhecido como o maior expoente da chamada “poesia metafísica” inglesa, cujo a característica é o uso sutil da metáfora aguda em conceitos engenhosos que provocam efeitos brilhantes, surpreendendo os leitores. Inventado por Samuel Johnson no século XVIII, o rótulo de “poesia metafísica” alude do intelectualismo desses conceitos, que os torna agudos e herméticos – ou mesmo abstrusos e ininteligíveis, segundo o próprio Johnson e outros adeptos de uma clareza linear do estilo. No século XX, T. S. Eliot e outros autores modernos promoveram uma revalorização crítica da poesia de Donne, admirando sua complexa harmonia de dissonâncias.