Tem se cultivado um fundamentalismo em torno de alguns termos que rondam bibliografias globalizadas, sobretudo a partir dos anos 1980. Da criatividade às redes e nomadismos, tudo precisa ser necessariamente móvel, fluido, conectado e veloz. No entanto, este aparente excesso de comunicação tem deflagrado um efeito inesperado - a solidão abissal. Como lidar com a dificuldade de compartilhamento? Que tipo de regime regulatório é este que parte do enredamento mas privilegia o individual? Nas relações entre culturas é possível desestabilizar as dicotomias norte/sul, oriente/ocidente, centro/periferia? Human Connection é um projeto que parte de experiências práticas. Não discute conceitualmente as questões, mas busca reformulá-las a partir de exercícios singulares que ocorreram em lugares e tempos distintos. A proposta é provocar encontros, conversas, experiências coletivas e, quem sabe, desafiar as paisagens desérticas que exaurem os múltiplos sentidos da vida (em) comum.