Surpreende o texto de Rafael Mendes, porque, ao narrar a vida de quem já nasceu com as mãos sujas, com o macacão fedorento, carregando aquela caixa de ferramentas pesada, ao narrar a vida de um missionário de fala macia e sorriso fácil, que visitava casa de mulher casada sem cerimônia, ao narrar a vida de uma menina rebelde que beijava sem pudor, no quintal, as namoradas, ao narrar a vida de um menino a quem mais importa um diploma para cumprir a promessa feita ao pai, ao entrelaçar esses destinos, o autor faz da sua novela um elegante e singelo poema narrativo.