Com lastro em abalizada doutrina e linguagem acessível, mas objetiva e erudita, a autora sistematiza e esclarece todas as nuanças do assunto proposto. Desde a relação do homem com a natureza, em sua longa caminhada na História, até a atual crise ecológica, que preocupa a todos nós, analisando ainda o paradigma antropocêntrico clássico, já no primeiro capítulo da obra. O segundo capítulo vai se somar aos esforços dos que buscam uma sustentabilidade ecológica que concilie o Direito com o Desenvolvimento. São apresentados conceitos de meio ambiente e ecologia, como de desenvolvimento e desenvolvimento sustentável. A necessária participação do Estado na preservação ambiental e a realidade da proteção jurídica para isso, complementam essa parte da obra. Por fim, Taciana aborda a interdependência entre Direito, Ética e Desenvolvimento para a construção do paradigma ecológico: ecodesenvolvimento, redefinição do antropocentrismo e ética da cidadania são analisados, visando ao papel do Direito Ambiental nesse nascente modelo. Reconhecendo que o Direito Ambiental não tem o condão de realizar, por si só, esse sonho, a autora complementa: "A concretização do paradigma que emerge depende igualmente da realização de políticas públicas, do efetivo exercício dos poderes do Estado para promover a efetividade da legislação e, além disso, de uma sociedade emancipada dotada de indivíduos conscientes da necessidade de implementar novas formas de gestão da natureza para o desenvolvimento."