O livro mostra que, a partir das intervenções repressivas do governo cubano frente à liberdade de expressão de seus artistas, as posições políticas dos três intelectuais mudaram. Se García Márquez permaneceu fiel à Revolução e Vargas Llosa desiludiu-se completamente, enveredando pela defesa do neoliberalismo, Cortázar, ainda que bastante crítico dos caminhos da Revolução, não abandonou, até sua morte, a defesa do socialismo e da liberdade. Desta maneira, esse volume ultrapassa os limites de um estudo sobre esses três grandes escritores e reflete sobre o impacto da Revolução Cubana na construção de redes sociais que estabelecem um espaço comum de circulação e debate de ideias.