Muitos questionam-se sobre a legitimidade das múltiplas leituras realizadas por quem tem deficiência visual total, a cegueira. Refletindo sobre essa prática, a minha prática cotidiana, levantei as questões de estudo desta pesquisa; inquieto-me com a situação daqueles que não têm acesso à escrita Braille, não seriam eles excluídos do processo de leitura? E quais as vantagens de um universitário que não tem acesso direto à leitura, aquele que é percebido como um leitor-ouvinte na academia? Aí surge a maior das indagações: por que não ser um discente leitor em meio a tantos recursos tecnológicos que permitem o acesso com maior facilidade a produções de textos em Braille? Ao discutir a questão de como se dá a relação de graduandos cegos com o contato da leitura, de fato, nas instituições públicas de ensino superior, foi necessário ir ao encontro desses educandos, visando a melhor entender tal processo. Para responder às questões da pesquisa, além do levantamento bibliográfico e do (...)