Poemas negros foi lançado em 1947 com ilustrações do artista Lasar Segall e prefácio de Gilberto Freyre. Esta edição recupera a primeira apresentando ao leitor 39 poemas marcados por envolvente musicalidade e apelo aos sentidos. Entre o engenho e o navio negreiro, Jorge de Lima apresenta a paisagem nordestina, as lavadeiras na lida, o ar duro, gordo, oleoso da madorna, sem deixar de lado a bisavó que dançou uma valsa com D. Pedro ii. Carregado de contrastes, este livro situa o poeta no debate sobre a produção literária de temática negra, no Brasil e no mundo, conforme argumenta o posfácio de Vagner Camilo.