Aqui faço partir anjos e monstros que aguardavam quase em vão. As histórias curtas que os carregam - com a a ajuda inestimável dos queridos amigos que gentilmente deram sua arte, melhorando tudo, deixando algumas mais suportáveis, ao menos pra mim - são velórios sem amarras que tremulam sem caber em moldes de prosa ou verso, largados sobre as intermitências da alma, do amor, da solidão, esperando cessar como qualquer coisa na vida, como castelos de areia à beira do mar ansiando algo mais que as marés, para valer sobre os desencontros, para dobrar as insuficiências, para entornar as vilanias ou simplesmente para descobrir, como escreveu Luiz Sérgio Metz, a linguagem dos arames nas noites de vento.