Em O júri, John Grisham mais uma vez utiliza, com incontestável sucesso, sua técnica envolvente de autor de legal thrillers. O romance, que foi best-seller nos Estados Unidos, gira em torno de uma disputa milionária entre a poderosa indústria de tabaco Pynex e a pobre viúva de um fumante que morreu aos 51 anos, vítima de câncer. A batalha legal, entretanto, desempenha um papel secundário nesta história. A veia principal está nos bastidores dos processos judiciais contra grandes indústrias nos tribunais americanos. O autor coloca sob suspeita a idoneidade do sistema judicial dos Estados Unidos, a influência da mídia e as manobras sujas dos jurados. Grisham mostra os jogos de interesse e de poder. Além de denúncias de corrupção, ele coloca a discussão sobre um tema de interesse para a sociedade de qualquer país: o tabagismo. Diversas tramas paralelas nos apresentam cada um dos integrantes do júri e os advogados de ambas as partes, instigando o leitor a decifrar o veredicto do julgamento. Pouco a pouco, o quebra-cabeça vai sendo montado, num suspense envolvente, que consegue surpreender no final.