O exercício da medicina é uma arte. Arte que, na relação médico-paciente, depara-se com situações que extrapolam os conhecimentos técnicos-científicos de lidar com pessoas fragilizadas física e emocionalmente. Arte que exige espiritualidade na escolha e decisão em situações de incerteza entre várias opções possíveis. A ciência na busca de autonomia fora da tutela da religião e da filosofia extrapolou os limites éticos da relação médico-paciente, negligenciando a arte do cuidar para gerenciar diagnóstico e tratamento com tecnologias complexas. É neste paradigma que a publicação em tela propõe, por meio da interdisciplinaridade da Bioética, uma interação com a Teologia para uma análise da formação e do exercício profissional do médico fundamentado na relação com o doente no contexto do desenvolvimento na tecnociência na pós-modernidade.