Um dos poucos consensos sobre o sistema judicial brasileiro, que se torna mais evidente a cada novo relatório do Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça, é o de que a execução civil constitui um dos principais gargalos da máquina judiciária: representa mais da metade de todo o acervo de processos pendentes no país, seu tempo médio de tramitação é cerca de quatro vezes superior ao de um processo de conhecimento, aliado a baixa taxa de satisfação e a alta taxa de congestionamento. Inúmeras reformas legislativas procuraram, sem grande êxito, atenuar o problema da crise de efetividade da execução por quantia. A presente obra propõe o enfrentamento dessa severa crise valendo-se da técnica da desjudicialização, já implantada com sucesso no Brasil, para diversas matérias, e adotada especificamente para a execução civil, no estrangeiro.