Em 2007, um imóvel ocioso no bairro da Luz, em São Paulo, é ocupado: nasce a ocupação Mauá. Quase cinco anos depois, os moradores recebem uma ordem de despejo. Sua reação é lutar para que as famílias sejam inseridas em programas de política pública habitacional e permaneçam morando no mesmo local. Especialmente nesse contexto, emergem processos de construção de uma coletividade que contempla a diferença a partir de relações entre os moradores da ocupação, o poder público e o proprietário do prédio ocupado. Este livro é uma etnografia de uma experiência, em três níveis: da ocupação; da autora; da escrita. Stella Paterniani mostra que a ocupação Mauá não se esgota na sua arquitetura e, sim, contém potencialidades e outras coletividades.