O autor pesquisou o contexto histórico, político e econômico do Brasil, enquanto parte do Império português, para entender o movimento das Bandeiras, a exploração do ouro e a formação das nossas fronteiras. Tudo isso no âmbito do mega projeto geopolítico, que envolvia as duas potências ibéricas e a então poderosa Igreja Católica, visando à dominação das terras do Novo Mundo, também disputadas por outras potências europeias.O livro narra a saga dos dois Bartolomeus: Do pai, sob a forma de ficção, registrando o pioneirismo e a audácia diante dos riscos inerentes às circunstâncias difíceis daquelas expedições; e de Bartolomeu Bueno da Silva Filho, ressaltando a perspicácia e o sucesso no comando de duas grandes Bandeiras, que vasculharam o território de Goiás durante três anos, e localizaram muitas minas de ouro.O Anhanguera II foi nomeado pelo rei dom João V para o invejado posto de "Capitão-Mor Regente das Minas de Goyas", cargo que exerceu por sete anos, com o apoio do "Guarda-Mor das Minas", seu genro, João Leite da Silva Ortiz, fundador de BeloHorizonte.Bartolomeu e João Leite fundaram as primeiras vilas em Goiás, inclusive Vila Boa, futura capital. Ambos acumularam riquezas, nos termos contratuais admitidos pela concessão real. O Anhanguera e seus amigos foram perseguidos e despojados de seus bens. Morreu pobre, em 1740, na cidade que fundou. E João Leite, foi assassinado por ordem do governador paulista Caldeira Pimentel. O reconhecimento aos Anhangueras tardou, mas veio. Bartolomeu Filho jamais poderia imaginar que, duzentos e nove anos após sua morte, seria imortalizado com uma estátua no centro de Goiânia; e outra em São Paulo iria reverenciar seu pai, além de uma das principais rodovias do País. E menos ainda que o codinome Anhanguera converter-se-ia numa das homenagens pessoais mais mencionadas na História do Brasil.