No congresso de estudos bíblicos, realizado anualmente, foi selecionado como tema de debates o capítulo 38 do livro do Gênesis (no antigo testamento) que narra a história do patriarca Judá, de seus três filhos - Er, Onan e Shelá - e da jovem e bela Tamar, que se envolveu com todos eles. Dentre os participantes, Haroldo Veiga de Assis, um historiador consagrado, e uma antiga aluna desse, Diana Medeiros, antagonistas desde os tempos de faculdade, narram esse relato bíblico - que acabará por envolvê-los - sob pontos de vista distintos e surpreendentes: Haroldo reconta a história como Shelá e Diana, como Tamar. Tamar, esposa inicialmente de Er, o primogênito de Judá, acaba ficando viúva, e o pior para a época: sem filhos. Por isso, conforme a tradição, compete ao filho do meio, Onan, casar-se com ela. No entanto, o segundo marido deseja apenas ter filhos com a mulher amada, e não com a esposa imposta. Ele acaba morrendo e Tamar, novamente, viúva e sem filhos. Com medo de que o filho mais novo, Shelá, tenha o mesmo destino que os irmãos, Judá não permite o casamento do caçula com Tamar que, ressentida, recorre a um ardil que se tornaria lendário, agora, recontado com humor e tornando-se inesquecível. Tensão familiar, amores contidos, intriga, traição e muito mais nesta obra que trata da perene contradição entre vontade e conveniência.