O céu mal começava a se colorir quando Jules, o mais velhos dos irmãos Naud, surgiu no convés da barca, primeiro a cabeça, depois os ombros, por fim o grande corpo desengonçado. Coçando os cabelos cor de linho ainda não penteados, ele olhou para as comportas, para o cais de Jemmapes à esquerda, o cais de Valmy à direita, e alguns minutos se passaram, o tempo de enrolar um cigarro e fumá-lo no frescor da manhã, antes que uma lâmpada se acendesse no barzinho da esquina da rua Récollets. Devido ao início do dia, a fachada parecia de um amarelo mais áspero que de costume. Popaul, o proprietário, sem colarinho e também desgrenhado, foi até a calçada para abrir as persianas.