Invenção é a palavra chave desse livro. Os autores, professores, pesquisadores e alunos da escola básica e da universidade, discutem as concepções tão arraigadas que tratam como objetos específicos e concretos os saberes necessários do professor. Aqui, em uma análise crítica dos processos de formação de professores, a busca é pelo indeterminado e pela ação, pela inseparabilidade entre conhecimento e vida. Em cada artigo a mensagem é clara: conhecer é agir, não é uma tarefa unilateral. Exige trabalho, experimentação e discussão em um exercício constante contra o cotidiano, contra as rotinas avassaladoras dos espaços e tempos escolares. Resultado de pesquisas desenvolvidas na Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), este livro trata a invenção não como um processo a mais, e sim como meio de entender a cognição. Não vale apenas o processo de entender os problemas, mas também a problematização em si, a invenção de problemas. Aqui o sujeito do conhecimento e o objeto conhecido são entendidos como efeitos de práticas cognitivas. Não há um sujeito pronto, um sujeito essencial, há um processo de produção de subjetividade através de práticas concretas, práticas que têm potência inventiva. Pesquisa, políticas de cognição, conselho escolar, arte, biopolítica, modos de gestão e estratégias de formação são os temas tratados no diálogo entre escola e universidade. Através de seminários, grupos de trabalho e estudo e encontros de orientação se deu a composição cartográfica desta pesquisa sobre formação inventiva. Criação coletiva de um pensar, do desafio de manter vivo o campo problemático do cotidiano do ensino.