O texto principal deste livro, 'O futuro da natureza humana', traz uma discussão desencadeada pela técnica genética - pode a filosofia se permitir a mesma moderação também em questões relativas à ética da espécie? A discussão sobre o tratamento que se deve dar à pesquisa e à técnica genética gira há algum tempo em torno da questão do status moral da vida humana pré-pessoal sem trazer resultados. Neste livro, o autor adota a perspectiva de um presente vindouro, a partir do qual um dia, possivelmente será lançado um olhar retrospectivo às práticas, hoje contestadas, considerando-as como precursoras de uma eugenia liberal, regulada pela oferta e pela procura. O livro traz também o texto 'Fé e saber' em que é abordada uma questão que ganhou nova atualidade no dia 11 de setembro - o que a secularização, que perdura nas sociedades pós-seculares, exige dos cidadãos de um Estado constitucional democrático e o que exige igualmente dos fiéis e dos não fiéis?