“O dar-vos quanto tenho e quanto posso, que quanto mais vos pago, mais vos devo”. Na década de oitenta, ao ler esta dedicatória em livro de Elizabeth Bishop para Lota de Macedo Soares, a escritora Carmen L. Oliveira ficou intrigada – “...Lota?”, indagou-se. Em 1966, quando pós-graduava-se nos Estados Unidos, tomou conhecimento da obra de Bishop, famosa poeta americana, e ficou surpresa ao saber que, naquela época, as duas moravam no Brasil. Mas quem seria “Lota”? Após muita pesquisa, no início dos anos noventa Carmen descobriu que Maria Carlota Costallat de Macedo Soares foi uma esteta brasileira, que concebeu e construiu o Parque do Flamengo, importante contribuição urbanística para a cidade do Rio de Janeiro. Resolveu, então escrever sobre elas. Daí nasceu “Flores raras e banalíssimas,”um livro vai muito além de um caso amoroso, revelando trechos inéditos da história do país.