O rapaz trocou de nome, nasceu Luiz Carlos e virou Caio, pôs-se a escrever livros, mas de nada adiantou, pra gente aqui da Cruzília, ele é só o filho do sô Juca. Saiu de sua terra, mas a terra não saiu dele: é só ler as duas primeiras partes deste livro, que é prosoema, croniquesia ou coisa que o valha ou velha, pois o tempo está no pé desse mineiro que garimpa diversos gêneros. Se ser brasileiro é ter por profissão a esperança, esse escribaixinho, que foi professor por quase 40 anos, sofre muito de Brasil, tenta falar disso na terceira parte deste livro, evocando os versos de Manuel Bandeira, vi terras de minha terra,/por outras terras andei,/mas o que ficou marcado/em meu olhar fatigado/foram as terras que inventei Nas lidas com as letras, empanturrou-se de leituras, daí ter escrito ensaios, comentários, artigos e, nesta obra, há uma parcela do estoque dessa faina de um esfomeado por livros. Como seu pai era sócio do Cine Vitória, empresariando sonhos, o filho do sô (...)