Sugere-se, neste livro, que o contexto requerido para que a posição filosófica de Sartre surja novamente como uma opção viva envolve um retorno ao tipo de debates que ocuparam os sucessores de Kant, os idealistas e os românticos alemães na última década do século XVIII e no início do XIX. Ali, a tarefa da filosofia era concebida em termos da formulação de um sistema da liberdade antinaturalista que resolveria os problemas do idealismo de Kant, refutando a acusação de niilismo por parte de Jacobi e permitindo que se desse pleno sentido metafísico à ideia de autonomia humana de Kant. Se Sartre está hoje condenado a pertencer à história da filosofia, mas não à sua atualidade, ele pelo menos permanece em boa companhia. Sugere-se, neste livro, que o contexto requerido para que a posição filosófica de Sartre surja novamente como uma opção viva envolve um retorno ao tipo de debates que ocuparam os sucessores de Kant, os idealistas e os românticos alemães na última década do século XVIII e no início do XIX. Ali, a tarefa da filosofia era concebida em termos da formulação de um “sistema da liberdade” antinaturalista que resolveria os problemas do idealismo de Kant, refutando a acusação de niilismo por parte de Jacobi e permitindo que se desse pleno sentido metafísico à ideia de autonomia humana de Kant. Se Sartre está hoje condenado a pertencer à história da filosofia, mas não à sua atualidade, ele pelo menos permanece em boa companhia.