A obra trata dos reflexos da formação histórica sobre nossas instituições. Aborda o patriarcado e a ideia de uma Belle Èpoque carioca, com referências à literatura, até fazer um conexão com as políticas atuais de cidades brasileiras. Sob o mesmo prisma é abordada a família, nas suas relações na cidade e no campo. Essa empreitada pelo mundo das letras deve ser incentivada, sendo incomum em países com pouca tradição literária. Mais importante ainda é que ela representa o exercício do olhar crítico sobre a realidade brasileira, com seus traços peculiares de desigualdade, da casa grande e senzala. A autora realizou sua tarefa de refletir sobre o enigma brasileiro, fazendo essa contribuição em um momento importante, em que são detectadas algumas ameaças ao pensamento crítico na academia.