A anatomia do amor e do horror, que nos encanta e fere todos os dias, é dissecada neste livro em cortes vibrantes. Sem ilusões de menino, mas ainda com a fome de entender o mundo, Arnaldo Jabor se distingue como autor corajoso, misto de jornalista e ficcionista. A crise política, o mistério das paixões, a capacidade da arte de nos transformar – o cotidiano é a matéria-prima com que ele trabalha cem cessar, se incluindo no jogo, admitindo sonhos, confessando paixões e taras que talvez preferíssemos ocultar. Arrojado, inteligente, profundo – seu texto flui sem preconceito ou superego, como se a ninguém temesse, sem pudor de confessar miséria ou medo, no caldeirão onde se misturam memórias, análises políticas e confissões sexuais, amorosas, daquelas que os homens costumam fazer secretamente.