Dias felizes (1961) completa, ao lado de Esperando Godot (1952) e Fim de partida (1957), o trio de peças que consagrou Samuel Beckett (1906-1989) como um dos principais renovadores da dramaturgia do século XX. Em cena, Winnie, uma mulher de meia-idade enterrada em uma colina e debaixo de sol a pino, busca agarrar-se às poucas coisas que estão ao seu alcance, os objetos de uma bolsa. Ao redor, uma paisagem inóspita e o marido indiferente Willie. A tradução, o texto de apresentação e as sugestões de leitura são de Fábio de Souza Andrade, professor e estudioso da obra de Beckett. O apêndice traz cartas que o irlandês trocou com Alan Schneider, diretor da montagem norte-americana, o depoimento da atriz e pesquisadora Martha Fehsenfeld, que acompanhou orientações do próprio Beckett na versão londrina de 1979, além de um conjunto de fotos das principais atrizes que interpretaram Winnie. Philip Guston (1913-1980) ilustra a capa das três obras de Beckett na Coleção Prosa do Mundo.