O livro conta uma história do "tempo do rei", isto é, de Dom João VI. É a história de Leonardo, filho de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, que se conheceram no navio que os trazia de Portugal ao Brasil. Chegando ao Rio de Janeiro, logo sentiram-se os efeitos do namoro a bordo - nasceu um robusto garoto que recebeu o nome do pai. Passado algum tempo e depois de muitas brigas, Maria foge com um capitão e regressa a Portugal. Leonardo deixa o filho na casa do padrinho, um barbeiro. O padrinho se afeiçoa ao menino, que, no entanto, é um grande bagunceiro e está sempre aprontando travessuras. O padrinho e a madrinha (também chamados de compadre e comadre) se preocupam com o seu futuro, mas o garoto não quer saber de estudar nem de trabalhar, crescendo como um verdadeiro vadio. Já rapaz, conhece a mulata Vidinha e apaixona-se por ela. Mas Vidinha tem outros pretendentes e, por ela, Leonardo acaba por meter-se em brigas e encrencas, passando a ser bem conhecido pelo major Vidigal, temido chefe de polícia da cidade do Rio de Janeiro. Chega a ser preso mas, por interferência da comadre, se torna cabo da guarda do major Vidigal, embora não tenha nenhuma inclinação para essa função; ao contrário, continua a fazer das suas e vive mais preso do que solto. Contando sempre com a proteção da comadre, que sabe de alguns segredos amorosos do major, Leonardo vai superando as dificuldades e alcança o posto de sargento de milícias. Faltava só a felicidade no amor e ela vem na figura de Luisinha, uma antiga paixão de Leonardo que a tinha perdido para outro, um tal de José Manuel, que veio a falecer. Luisinha, na verdade, nada sentia pelo marido e não sofreu com sua morte. Quando Leonardo foi dar-lhe os pêsames, os dois se sentiram novamente atraídos e pouco tempo depois casaram-se e foram felizes. E assim termina a históriaA linguagem popular e a vida das camadas pobres e médias são as protagonistas deste romance que faz uma crônica de costumes do Brasil de dom João VI. Publicado pela primeira vez como folhetim, este romance descreve a trajetória do anti-herói Leonardo, endiabrado filho de imigrantes portugueses que, após uma infância atribulada, escolhe a vadiagem como ocupação - o primeiro malandro da literatura nacional -, e depois de inúmeros percalços acaba se tornando um sargento de milícias.A linguagem popular e a vida das camadas pobres e médias são as protagonistas deste romance que faz uma crônica de costumes do Brasil de dom João VI. Publicado pela primeira vez como folhetim, este romance descreve a trajetória do anti-herói Leonardo, endiabrado filho de imigrantes portugueses que, após uma infância atribulada, escolhe a vadiagem como ocupação - o primeiro malandro da literatura nacional -, e depois de inúmeros percalços acaba se tornando um sargento de milícias.