É preciso analisar as condições para a construção de nossa consciência interrogante, única capaz, acreditamos, de aumentar nosso poder de agir so­bre o mundo. O suicídio de alguém não nos deve ser indiferente, devemos buscar uma visão ampla so­bre o tema para sempre que possível pensar em es­tratégias, políticas e ações concretas da prevenção. Perceber as mudanças na maneira de viver, sentir e agir do homem no mundo contemporâneo, como algo que nos afeta a subjetividade, numa perspec­tiva de produção da saúde ou da doença mental contribuindo para a compreensão da depressão, da ansiedade e do suicídio como fenômenos relacio­nados a tal modo de vida. O suicídio, antes de mais nada, é a expressão de um clamor no qual o sujeito se encontra como um náufrago nas profundezas do mar de suas dores, que por vezes não são reconhe­cidas pelos demais.