Em 1976, em São Paulo, Eva Furnari, autora de Zig Zag, concluiu o curso de Arquitetura. Sonhava criar, construir. Tornou-se, na realidade, ilustradora e escritora de livros, de premiadíssimos livros infantis. Cria e constrói com desenhos e com palavras. Constrói e, às vezes, desconstrói para construir – como é o caso de Zig Zag, em que Eva Furnari desconstrói imagens criadas com palavras e, misturando parte de uma com a de outra, constrói novas imagens. Conhecemos bolsa organizada e planta carnívora...mas será impossível conhecermos uma planta organizada ou uma bolsa carnívora? Com Eva Furnari, em Zig Zag, temos certeza de que é possível. Nesse livro, em que predomina o jogo entre as palavras, a autora convida-nos a experimentar novas possibilidades, convida-nos a rever o antigo e a enxergar novo, diferente. É fascinante. Trata-se de um processo de reciclagem de hábitos e também de uma rica vivência estética.