Os textos realizados pelos estudantes foram pensados primordialmente como exercícios de pesquisa. Alguns destes estudos são, em essência, revisões bibliográficas; outros, basicamente exercícios de pesquisa empírica original; mas a maioria deles reúne a demonstração do domínio da bibliografia sobre o tema escolhido com alguma forma de levantamento e sensibilidade de dados originais. Mas, o fato é que, independente das sugestões, às vezes enfáticas, dos seus orientadores, nestes anos de existência e desenvolvimento deste Projeto (2015-2018), a maioria dos alunos preferiu aliar à pesquisa bibliográfica o trabalho original, a pesquisa de campo, a visita a arquivos, permear por temas clássicos, como política, emprego e arte; temas complexos por sua carga sentimental como o feminismo, a desvalorização da mulher ou a violência a elas; o papel da Igreja na atualidade ou da família e suas transformações; como também, algo recente em decorrência do nosso mundo midiático e sua interferência no campo da política como as Fake News ou o processo de impeachment; enfim, algo próprio, original em seus primeiros textos (para alguns) a serem publicados. Talvez busquem com isso negar o caráter de mero exercício que, frequentemente, lhes propomos. Querem já trazer algo novo. Algo que nós professores não saibamos, algo que nos ensine e que nos prove que já são profissionais, capazes, portanto, de realizar alguma coisa além do mero exercício. Assumem todo o risco em prol disso. Não vejo como nem porque detê-los. É verdade que o exercício é mais prudente. Certo também é que os trabalhos bibliográficos que lhes foram propostos não são um desafio menor. Ao contrário, todos que já passaram por isso sabem que boas resenhas ou estudos de autores são trabalhosos para qualquer pesquisador experiente.