O mundo tem assistido a um crescimento urbano sem precedentes. Trata-se de um processo inevitável em todas as partes do globo. Não há dúvidas de que o homem escolheu a cidade como lugar para viver, sua segunda natureza. Especialistas denunciam que a cada semana o número de moradores de cidades cresce cerca de um milhão e quase todas as tentativas de conter a migração rural-urbana tiveram resultados pífios. Dentre os diferentes impactos que essa nova realidade pode gerar destaca-se o fato de que, embora apenas 2% da superfície terrestre estão ocupada por cidades, 75% dos recursos naturais explorados pelo homem são consumidos por elas. Pensando formas de minimizar esse impacto, analisando diferentes problemas socioambientais gerados pelo espaço construído, esta obra defende a importância de uma Educação Ambiental Urbana promovida por citadino(a)s e usuária de instrumentos e práticas predominantemente urbanos em seus mecanismos de intervenção social. Seu objetivo maior é a construção de uma cidade sustentável do ponto de vista socioambiental o que só tem condições de se concretizar, por meio da erradicação das estruturas de anonimato, distanciamento e exclusão social presente no relacionamento entre o(a)s habitantes da cidade; e da compreensão, por parte deste(a)s, de que sua sobrevivências e identidades estão profundamente relacionadas ao território do qual são parte integrante.