Quem pensa que vida de guri é só alegria, jogo de bola e banho de açude precisa olhar mais de perto, atentamente, para descobrir que é muito mais do que isso. Vida de guri também é ansiedade com as novas descobertas, os ritos de iniciação, o pesadelo nas noites acaloradas, a cumplicidade gostosa do avô ou do cusco. É também o chamado para o combate, a convivência com a intolerância, o medo da humilhação, o confronto com a morte, o controle do animal que existe dentro de si. Mas, o melhor da vida de guri é exasperar-se com o universo indecifrável das mulheres, o despertar para o próprio valor e a esperança no que está por vir.