Um coelho sonhava profundamente. Sonhou muito sobre um mundo inteiro, sonhou até sobre as coisas não compreendidas. Sonhou até surgir a dúvida: era ele que sonhava com outros mundos ou seriam os outros mundos que sonhavam com ele? A história nos remete à sabedoria do filósofo chinês Tchouang-Tseu que, no século IV a.C., imaginou um sonhador que sonha que é uma borboleta e, ao acordar, não sabe mais se é um homem a sonhar ser uma borboleta ou uma borboleta que sonha ser um homem. Uma obra delicada e filosófica para leitores de todas as idades. Para além do prazer da primeira leitura, as ilustrações da vencedora do Jabuti 2015, Anabella López, aguçam a percepção do leitor para outras leituras que nascem da interseção entre texto e imagem.