De dentro desse livro, de Iamni, palavras nos acenam, viagens se cumprem a sós e ao mesmo tempo com tanta gente, trajetos carregando imagens de onde se parte: choro em cascata; catálogo de nuances; sonhos de uma vida toda. Dentes de adultos não rangem e o vidro embaçado é que nem filme. Iamni desenha aqui um coração cheio de estrelas. Luzes de emergência no escuro e línguas de animaizinhos tocando o dorso das mãos. Lembranças laikas. Alguns descem e olham e compram e voltam. E há o peso dos objetos e a leveza dos objetos. Peças de barro e ladainhas: não me toque. Crianças no colo. Nomes num alto-falante. Palavras gritando. Longos corredores. Sapatos desvirados. Histórias de quaisquer uns que somos todos nós. Embarque muito livre nessa leitura. O aceno aqui são espelhos que (lhe) devolvem espantos. O mundo não para, mas o ônibus sim porque chega; porque este chegou. Luci Collin