Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar Antônio Cícero As palavras extraídas de poema de Antônio Cícero são aqui chamadas para falar do livro Uma memória volátil fixada pela fotografia: A Biblioteca Pública de Santa Catarina (1980 2011), organizado por Gisela Eggert-Steindel, que guarda imagens desta Biblioteca, imagens que geram outras imagens, conforme as lentes de seu leitor. É uma reunião do produto de mãos responsáveis por click’s que registram cenas, que decidem o que guardar e que assim ajudam a construir uma imagem pública. Imagens que registram representações mas que também representam a instituição e os usos que dela se faz a presentificação de uma ausência. Um conjunto de cenas que não é um espelho da realidade, mas que a espelha em seus fragmentos. [...[