Monografia da artista nascida na Suíça em 1931, abrange 50 anos de atividade no Brasil, país ao qual chegou em 1955. Após registrar, entre 1956 e 1958, povos da América do Sul, entre os quais os Karajá da Ilha do Bananal, Claudia abandona a pintura para dedicar-se exclusivamente à fotografia, tornando-se mundialmente conhecida ao ter obras adquiridas pelo curador de fotografia Edward Steichen, do MoMA, e publicadas pelas revistas Life e Look, entre outras. Nos anos 60, tornou-se uma das principais fotógrafas da revista Realidade, onde realizou reportagens históricas, entre elas o dossiê "Amazônia" (1968), com os primeiros registros dos Yanomami de Roraima. O livro traz os ensaios fotográficos A vulnerabilidade do ser e Territórios interiores, com 72 imagens produzidas entre 1958 e 2003 - e mostradas pela Pinacoteca do Estado de São Paulo em janeiro/março de 2005 -, além das sobreposições coloridas da série Sonhos (2003). Dezenas de outras imagens ilustram entrevista e cronologia da fotógrafa. Entre os ensaios incluídos, o sociólogo Laymert Garcia dos Santos aborda o alinhamento da obra da artista junto a nomes clássicos da fotografia norte-americana do século XX e a "simpatia bergsoniana" que informa suas imagens. Uma "Fortuna crítica" reedita textos de autoria de Pietro Maria Bardi, Darcy Ribeiro, Paulo Herkenhoff, Anna Carboncini e Beto Ricardo.