Seus personagens e situações são tão concretos e contemporâneos que cada palavra é um golpe no estômago. Sua poesia explosiva nos coloca em xeque enquanto cidadãos de uma cidade caótica e contraditória: quem sou eu nessa Babel? E após meses de trabalho diário sobre o texto, ainda me pergunto como posso dar vida a personagens tão complexos, de feridas e belezas expostas duramente, sem me acomodar nos estereótipos e preconceitos que mantemos vivos diariamente, responsáveis pelas incoerências que formam nossa cidade.