As recordações de Isaías Caminha nos mostram como o racismo e o autoritarismo estão impregnados na sociedade brasileira. Segundo a pesquisadora Fernanda Silva e Sousa, autora do posfácio desta edição, “no projeto de nação que se desenhava com o fim da escravidão e o início da República, não havia lugar para Isaías, muito menos para os seus sonhos”. Durante a história, Isaías demora muito tempo até conseguir um emprego. Depois de muitos nãos, ele consegue um trabalho como escrivão em um jornal importante da época. Como o jornal era o principal meio de comunicação da Primeira República, Lima Barreto utiliza esse ambiente de trabalho do Isaías Caminha para nos mostrar a força que a imprensa tinha naquele momento, funcionando como uma instituição de poder. “A Imprensa, a Onipotente Imprensa, o quarto poder fora da Constituição!”