Sociólogo, Michael Mann argumenta nesta obra que o novo imperialismo norte-americano é, atualmente, um 'novo militarismo', que terá conseqüências desastrosas para os Estados Unidos e para o mundo. Ao dissecar dados sobre os recursos econômicos, políticos, militares e ideológicos acessíveis aos Estados Unidos, Mann expõe a assimetria e a desigualdade entrincheiradas na dinâmica de um 'império incoerente', que cronifica a desordem mundial. Segundo Mann, a estratégia de Washington demonstra uma 'esquizofrenia política'. Essa tendência seria manifestada na cisão entre o multilateralismo e o unilateralismo, sobreposta a uma efetiva falta de habilidade em administrar regiões estrangeiras ou controlar seus supostos Estados aliados ou colaboradores. Considera inconsistentes os fundamentos econômicos e ideológicos desta política externa, cuja estratégia é intervir em países frágeis do Terceiro Mundo, exercendo poder, mas não autoridade. O autor sustenta que os líderes norte-americanos colocam-se como condutores da economia global, mas não conseguem dominá-la, e impelem países mais pobres a um impopular e improdutivo neoliberalismo.