Cada religião oriental procura representar um caminho particular rumo à libertação e à imortalidade. Enquanto o budismo nega a revelação e a existência de um deus personalista ao afirmar a dor da existência e o afastamento das ilusões, o hinduísmo funda-se em uma lei revelada, verdadeira e eterna, o Dharma. O taoísmo, por sua vez, não aceita a eternidade, e postula que tudo está em mutação. O tao (dao) é o princípio imanente à realidade, a respiração do universo e a essência do homem, é o ritmo secreto da natureza, a própria lógica das incessantes transformações. Já a experiência religiosa shinto é animada pelo conceito de pureza e de renovação do tempo, e seus mitos ensinam que uma mesma ordem permeia toda forma de vida, negando a diferença entre deus, natureza e homem.