Schopenhauer é um filósofo visto equivocadamente como misantropo, sem voz e seguidores. Contudo, esse preconceito vem sendo cada vez mais desmentido. Esta obra procura expandir essa crítica ao problematizar sua fortuna sobre Freud: por um lado, Schopenhauer afirma que a Vontade inconsciente daquele equivale aos instintos anímicos da psicanálise. A teoria da repressão, pedra angular da Psicanálise, também teria sido antecipada por Schopenhauer em seu conceito de loucura. E a descoberta do primado do inconsciente e da sexualidade que o colocaria ao lado de Copérnico e Darwin entre os grandes demolidores do narcisismo humano, também teria Schopenhauer como referencial. Mas, Freud também protesta que não criou uma metafísica, mas uma ciência com dados particulares e uma terapia que nos ajuda a enfrentar nossos problemas. Eis o que chamamos de o caso Freud: pertenceria esse autor à escola de Schopenhauer? Para nos posicionarmos diante dele, esclarecemos aqui o que é essa tradição. [...]