Com cores realistas (aliás, reforçadas pelas ilustrações, em tons sombrios, sintonizadas perfeitamente com as intenções do texto), o autor pinta o drama de um homem que quer reviver com o filho as venturosas pescarias que vivera, quando garoto, com o pai. Tudo está vivo em sua lembrança; mas só na sua lembrança, pois exteriormente tudo se transformou e agora está morto. Além de expor o dilema de todo ser humano, que quer ter presente o passado, este é o retrato contundente de uma realidade pela qual somos todos responsáveis. É uma obra forte, que não doura a pílula. Pode agir como um despertar do senso de responsabilidade de cada um frente ao problema do meio ambiente e estimular uma pesquisa conscientizadora a respeito da poluição.