Em Todas as Guerras, dez talentosos escritores brasileiros exercitam a fantasia e o assombro, escrevendo um conto, cada um, sobre uma das dez guerras escolhidas pelo organizador deste primeiro volume, Nelson de Oliveira. Muito tempo atrás, Heráclito afirmou: "É preciso conhecer a guerra para valorizar a paz." Mais tarde, Empédocles completou: "O mundo nasceu de duas forças: o amor e o ódio." O eixo desta coletânea é justamente essa segunda força fundadora: o ódio em grande escala produzindo os horrores da guerra. O livro começa com um cerco nas Cruzadas e fecha com a guerra no Oriente Médio. Mais do que uma lógica cronológica, o livro traz um olhar crítico sobre momentos importantes da humanidade, todos marcantes na vida de diversas gerações. A história das guerras se confunde com a história da humanidade. De Troia ao Vietnã, ser guerreiro é quase tão antigo quanto ser humano. Contudo, demorou muito para que a literatura percebesse que as maiores vítimas das batalhas são os inocentes que morrem em seus lares, os soldados recrutados à força e os familiares dos combatentes. Por isso, Todas as Guerras não traz histórias de grandes guerreiros, mas sim, agruras e tristezas, dores e mortes e, até mesmo, eventos estranhos que podem ocorrer no desenrolar do conflito. Participam do livro os escritores Aleilton Fonseca, Ana Paula Maia, Carlos Herculano Lopes, Cristina Lasaitis, Edyr Augusto, Fábio Fernandes, Luiz Brás, Miguel Sanches Neto, Pedro Salgueiro e Veronica Stigger.