2017. Ano de comemoração dos quinhentos anos da Reforma Protestante. Nos eventos em alusão à efeméride, grande parte deles promovido por igrejas cristãs provenientes desse cisma do século XVI, os temas mais frequentes procuravam abordar coisas como "A atualidade da tradição reformada", "A importância da Reforma para os dias atuais", "A espiritualidade de Martinho Lutero", "Princípios calvinistas de interpretação da Bíblia". Neles, propunha-se refletir, além dos enfoques teológicos tradicionais, sobre figuras importantes para a realização do evento da Reforma, com destaque para Marinho Lutero e João Calvino, mas também com alguma ênfase para um Ulrico Zwinglio, um John Huss, talvez um Guilherme Farel e um Melanchton. Há, no entanto, entre os nomes evocados na comemoração desse quinto centenário, uma ausência, recorrente ao longo da reflexão, cristã ou não, sobre a Reforma Protestante: a de Sébastien Castellion. Quem foi, o que propôs, e por que entendemos que seu nome deveria ser lembrado quando são promovidas reflexões sobre o tema da Reforma é o que se verá neste livro.