O estudo da literatura está seriamente posto em causa, desde há décadas, pela sistemática erosão dos conceitos de arte, de estética e de beleza. As HUMANIDADES são saberes disciplinares ensinados e cultivados nas Escolas, desde o Ensino Básico até à Universidade, que se têm constituído ao longo dos séculos e que têm como objeto de estudo o homem enquanto animal que fala, que escreve, que se exprime e comunica através de textos orais e de textos escritos, assim criando mitos, religiões, poemas, narrativas, leis, ordenamentos políticos, sistemas filosóficos, teorias científicas, etc., que consubstanciam as civilizações e as culturas. As Humanidades são, por isso mesmo, saberes indissociáveis da memória histórica do homem e saberes cuja teoria e cuja prática são fundamentais na construção do presente e do futuro. Esta obra é uma reflexão preocupada, mas não pessimista, sobre a relevância do ensino das Humanidades num mundo e em Escolas em transformação profunda e célere. Uma reflexão, como diz o título do capítulo 1, contra os cépticos e contra os dogmáticos.O estudo da literatura está seriamente posto em causa, desde há décadas, pela sistemática erosão dos conceitos de arte, de estética e de beleza. As HUMANIDADES são saberes disciplinares ensinados e cultivados nas Escolas, desde o Ensino Básico até à Universidade, que se têm constituído ao longo dos séculos e que têm como objecto de estudo o homem enquanto animal que fala, que escreve, que se exprime e comunica através de textos orais e de textos escritos, assim criando mitos, religiões, poemas, narrativas, leis, ordenamentos políticos, sistemas filosóficos, teorias científicas, etc., que consubstanciam as civilizações e as culturas. As Humanidades são, por isso mesmo, saberes indissociáveis da memória histórica do homem e saberes cuja teoria e cuja prática são fundamentais na construção do presente e do futuro. Esta obra é uma reflexão preocupada, mas não pessimista, sobre a relevância do ensino das Humanidades num mundo e em Escolas em transformação profunda e célere. Uma reflexão, como diz o título do capítulo 1, contra os cépticos e contra os dogmáticos. Índice 1. Pequena Apologia das Humanidades: Contra os cépticos e contra os dogmáticos 2. Reflexões tempestivas sobre a crise das Humanidades 3. As Humanidades e a cultura pós-moderna 4. Sobre o regresso à Filologia 5. Genealogias, lógicas e horizontes dos Estudos Culturais 6. Horizontes de uma nova interdisciplinaridade entre os Estudos Literários e os Estudos Linguísticos 7. Língua materna e sucesso educativo 8. O texto literário e o ensino da língua materna 9. Teorização literária 10. Teses sobre o ensino do texto literário na aula de Português 11. As relações entre a Teoria da Literatura e a Didáctica da Literatura: Filtros, máscaras e torniquetes 12. A ´leitura` de Deus e as leituras dos homens 13. Texto e contexto na história literária 14. Variações sobre o cânone literário 15. O «naufrágio» de Os Lusíadas no ensino secundário 16. A poesia no ensino 17. Os programas de Literatura Portuguesa no ensino secundário 18. Portugal, país de poetas? Revisitação da poesia dos séculos XVII, XVIII e XIX 19. Contributos para uma política da língua portuguesa 20. Ilusões e desilusões sobre a política da língua portuguesa 21. Da língua na política à política da língua 22. A minha língua é Portugal Tábua de procedência dos ensaios índice onomástico