Pode-se dizer que o gráfico é o motivo da gravura de Maria do Carmo Freitas. O mundo que ela inventa é o da escrita e reescrita permanente no e do mundo (grafar/gravar, parece lembrar o tempo todo a artista). Para tanto elege um motivo: o texto como imagem. E convoca teóricos da literatura e os escritores para discutir (na verdade constituir) uma poética que, operando com matérias papéis, caligrafias, marcas, impressos, imagens etc. investiga também suas figurações alegóricas: espaços, memórias, rasuras, culturas, ilustrações. A ação não tem sido na direção de uma delimitação da essência do gráfico, e sim na perspectiva de construir situações em que o gráfico está imbricado, de modo literal, alusivo, biográfico, histórico etc.