Este livro apresenta um debate aprofundado sobre os processos de medicalização da sociedade. A partir da contribuição de várias áreas de conhecimento, como a Psicologia, a Medicina, a Fonoaudiologia e a Educação, os autores evidenciam o corrente reducionismo dos processos sociais relacionados à precarização das condições de vida e à uniformização de comportamentos, sentimentos, percepções e pensamentos, bem como discutem as implicações psicossociais da atribuição de patologias individuais a todos aqueles que fogem à norma abstrata e ideológica vigente. Assim, a profusão de diagnósticos de dislexia e TDAH, bem como o aumento vertiginoso da distribuição a crianças e jovens de medicamentos, como o metilfenidato, são alguns dos temas enfrentados de maneira consistente, com embasamento teórico-prático. Com a finalidade de dar subsídios ao leitor, são apresentadas ainda experiências substitutivas ao modelo medicalizante e manicomializante de atendimento. Por fim, os autores compartilham sugestões de leitura e vídeos que continuam a fomentar esta discussão, tão necessária em áreas como a Saúde, a Educação, a Justiça, entre outras.