A melhor amiga da vida não está mais aqui. Na verdade, faz cinco anos. Tanto é que os pais de Andrea convidaram Emilia a voltar à Esquel, na Patagônia, para a cerimônia de espargimento das cinzas. Sair de Buenos Aires, em pleno e tórrido verão da capital, parece fácil: seu relacionamento com Manuel está bom, pero no mucho, e para completar, Emi e seu irmão que vivem juntos acabaram de descobrir que tem um rato (ou uma família deles) vivendo em sua cozinha. No entanto, viajar para sua cidade natal, onde estão todas as memórias da infância e juventude, e onde é preciso encarar famílias que ficaram e também novas famílias que se formaram, parece ainda mais difícil. Como não se deixar afetar pelo ex-namorado? Pelas colegas de escola que continuam (as mesmas) lá? Como não se emocionar com quartos antigos, roupas, cds, videocassetes e fotos, quando em tudo parece ter sobrado muito de si e da melhor amizade que se podia ter?