Quem assina esta obra não é o penalista ou o processualista teórico, apenas, porque traz o trabalho, sobretudo, a rubrica do tribuno. De tribuno que começou ainda muito jovem a iluminar com seu talento o Júri que restava esquecido e, hoje, é festejado com um dos seus maiores expoentes. Autor de várias obras jurídicas e de uma infinidade de artigos, conferencista emérito, defensor intransigente e apaixonado pela instituição que ensino e labora, Edilson Mougenot levou seu conhecimento sobre a matéria de sua vocação para todos os Estados brasileiros. A energia, a profundidade, a convicção, a erudição, a ironia, o poder de argumentação e, por que não diz, a ousadia de suas colocações o fazem um orador torrencial, diferenciado e imbatível, um dos maiores oradores da história do foro criminal brasileiro, no unânime testemunho de seus pares. A narrativa instigante envolve o leitor e o transporta no tempo para vivenciar o julgamento pelas mãos de quem faz e conhece o plenário do Júri. Este é o livro que faltava à literatura jurídico-penal. Além dos casos, ricos em detalhes emocionantes, um dos tópicos abordado - "A formação do criminalista" - poderia, igualmente, emprestar-lhe o nome, porque, em rigor, a obra é um curso histórico, teórico e, sobretudo, prático da formação e do aperfeiçoamento de todo aquele que milita no foro criminal. Mas o título ainda seria injusto, já que o trabalho reflete não só a história viva do Júri no Brasil e no mundo, como ainda analisa sua própria fisiologia, levantando o véu de mistério que recai sobre o Instituição, revelando-a por inteiro.